quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Fotografia em Debate

Fotografia em Debate


6, 7 e 8 de outubro de 2009 Auditório do CEART - UDESC - Florianópolis / SC.

EVENTO GRATUITO


Inscrições: cursos@duoarte.com (48) 99351533

Programação: 06/10 (terça -feira) - Fotojornalismo 17:30 - Filme: Abaixando a Máquina – Ética e dor no fotojornalismo carioca 19:00 - Filme: Evandro Teixeira: Instantaneos da realidade (84 minutos)
20:30: Debate com os fotografos: Tarcísio Mattos (Tempo Editorial)
07/10 (quarta-feira) - Fotografia publicitária e social
16:00 - filme: Sobre fotografia de Cartie Bresson
17:10 - Filme: Cortina de Fumaça (112 min)
19:00 - filme: Annie Leibovitz – A Vida Através das Lentes (79 min) 20:20 - Debate com: Marquito e Plinio - FOTOMUNDO
08/10 (quinta-feira): Fotografia documental
17:30 - Filme: Nascidos em Bordéis (85 minutos) 19:00 - Filme: Pierre Verger: Mensageiro entre Dois Mundos (84 minutos) 20:30 - debate com o fotografo: Esdras da Luz - CEART/UDESC
SINÓPSES

ABAIXANDO A MÁQUINA: Mostrando a realidade dos fotógrafos cariocas e tentando despertar uma discussão na sociedade, o diretor Guilhermo Planel acaba de lançar o documentário “Abaixando a Máquina – Ética e dor no fotojornalismo carioca”. Nele, o cineasta conta a vida de diversos fotógrafos, que arriscam suas vidas para abastecer o sensacionalismo de uma cidade como o Rio. O debate ultrapassa os limites da imagem e conta com declarações de psicanalistas, professores, autoridades, líderes comunitários, fotógrafos e fotografados. Além dos depoimentos, Abaixando a Máquina registra os momentos de tensão que os fotógrafos enfrentam diariamente em conflitos armados nas comunidades dominadas pelo tráfico de drogas. Sem a menor intenção de definir o que é ética, o filme apenas levanta a discussão em torno do assunto e deixa que o espectador tire suas próprias conclusões. Vou tentar assitir à obra principalmente pela curiosidade de saber se tratam o tema único-exclusivamente criticando a segurança pública ou se também criticam os próprios meios de comunicação em que trabalham.

Annie Leibovitz - A Vida Através: Annie Leibovitz, um dos maiores nomes da fotografia dos últimos 30 anos, foi conhecida por retratar o glamour, a riqueza e o poder em diversas fotos para revistas como Vogue e Rolling Stone. Porém, nem só a fama fez parte de sua carreira; os horrores provocados pela guerra em Sarajevo e Ruanda também foram documentados com seu estilo único. Neste documentário é possivél presenciar todo o processo artístico, experiência durante a carreira além de um balanço sobre fama e família, sempre registrados de uma forma intimista que vai de seu etúdio até seu descanso na fazenda. Todos irão se surpreender com grandes experiência, alguns trropeços mas muitas vitórias.

Nascidos em Bordéis: Documentário que mostra a vida de crianças do bairro da Luz Vermelha, em Calcutá. O aparente enriquecimento da Índia deixa de lados os menos favorecidos. Porém, ainda há esperanças. Os documentaristas Zana Briski e Ross Kauffman procuram essas crianças e munido de câmeras fotográficas pede para elas fazerem retratos de tudo que lhes chamam a atenção. Os resultados são emocionantes E enquanto as crianças vão descobrindo essa nova forma de expressar, os cineastas lutam para poder dar mais esperança, para as quais a pobreza é a maior ameaça à realização dos sonhos.

Pierre Verger - Mensageiro entre Dois Mundos: Documentário sobre a vida e obra do fotógrafo e etnógrafo francês Pierre Verger, narrado e apresentado por Gilberto Gil e dirigido por Lula Buarque de Hollanda. Após viajar ao redor do mundo como fotógrafo, Pierre Verger radicou-se em Salvador da Bahia em 1946 onde passou a estudar as relações e as influências culturais mútuas entre Brasil e o Golfo do Benin na África.

Evandro Teixeira - Instantaneos da realidade: As imagens produzidas por Evandro Teixeira, um dos principais nomes do fotojornalismo brasileiro, no decorrer de sua carreira. Entre elas estão momentos importantes da história do país e do mundo, como a ditadura militar no Brasil, a queda do governo Allende no Chile e a cobertura de Copas do Mundo e Jogos Olímpicos.

Cortina de Fumaça: Na bairro do Brooklin, em Nova York, Auggie Wren (Harvey Keitel) tem uma tabacaria há mais de dez anos e um hábito peculiar: fotografar sua loja pelo lado de fora todos os dias. Apesar de aparentemente iguais, as fotos retratam detalhes de cada dia. Em sua rotina, Auggie conhece Paul Benjamin (William Hurt), um novelista desastroso que nunca mais publicou coisa alguma desde a morte da esposa, e Rashid Cole (Harold Perrineau Jr.), um jovem mentiroso que está à procura do pai. A partir do drama dos três - Auggie descobre que sua filha é viciada e está grávida -, eles terão suas vidas interligadas e mudadas para sempre.

Organização: Virginia Yunes www.virginiayunes.com


Duo Arte e Produção


Apoio:
Centro de Artes - CEART/UDESC
Associação de Arte Educadores de Santa Catarina - AAESC

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Exposição "Movimento em cena"

Amigos, dia 17/06 às 18:30 estarei lançando no Galpão de Teatro da AJOTE (Cidadela Cultural Antactica) a exposição "Movimento em cena". Um coletânea de 16 fotos de teatro e dança onde o foco principal é manter uma ação atravéz dos rastros.


conto com a sua presença.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Cartões de memória

Cada vez mais nos deparamos com uma infinidade de "modelitos", formatos e marcas de cartões de memória e pen-drives expostos nas vitrines. Quando chega a hora de comprar vem a duvida... qual marca? qual modelo? quantos gigas? e a velocidade? 300x é bom? Ainda por cima os vendedores que sabem menos ainda, tentam nos vender os de maiores capacidades e maiores velocidades.
Vamos separar as coisas:
- Marcas, as mais conhecidas são Sony, Sandisk, Dane-elec, Kingston, Fuji e Lexar. Justamente são as "mais falsificadas" (exceto Dane-elec), portanto muito cuidado de quem se compra. As marcas mais confiaveis são Sandisk, Sony, Kingston e Lexar, não obrigatóriamente nessa ordem, e a unanimidade é a Sandisk e a que eu menos confio é a Dane-elec. Esqueça outras marcas.
- Capacidade, encontramos com facilidade unidades de 8GB (GigaBytes), 16GB, alguns de 32GB e já estão anunciando os de 1TB (TeraBytes = 1024 GB). O problema é que as unidades de 8GB de um modelo/marca custa por exemplo R$ 200,00, o mesmo modelo/marca de 16Gb custa R$ 300,00/R$350,00 e somos "estimulados" a comprar o de 16GB pela relação custoxbenefício e esquecemos da flexibilidade. Com 2 cartões de 8GB podemos usá-los alternadamente, podemos fazer cópia de segurança (backup) se forem dados importantes (sim, cartões e pen-drives também dão problema e pegam vírus), em caso de perda física não perdemos todo conteúdo, raramente usaremos uma unidade de 16GB completamente, podemos separar melhor os conteúdos e finalmente, como dizia minha avó, "quem tem um não tem nenhum".
Esqueça a "historinha" de que cartões grandes estão mais propensos a dar problema do que cartões pequenos, se fosse assim ainda estariamos usando HD de 1GB em nossos micros. Alías, é exatamente o contrário, a tecnologia dos cartões de maiores capacidades inclue maior confiabilidade e segurança.
- Formatos, outra questão importante. São tantos os formatos que podemos ficar perdidos. Mas não tem como errar, como são raros os modelos de equipamento (cameras, iPods, celulares) que aceitam mais de um formato de cartão, basta levar o equipamento ou verificar o modelo no MANUAL.
No caso do cartão tipo "SD" existem tres modelos, o micro-SD, mini-SD e SD e algumas embalagens contém o micro-SD e mais dois adaptadores para transformá-lo nos tamanhos maiores, neste caso, sempre que possível, compre o modelo exato que seu equipamento usa, evite "adaptações".
- Velocidade, uma das características técnicas mais importantes e que raras vezes damos a devida atenção. No caso de câmeras fotógraficas a velocidade máxima de gravação que o cartão aceita é muito importante e se for de baixa velocidade podem retardar a gravação do arquivo. Hoje temos cartões de velocidade 300x ou 45Mb/s (mega bits por segundo = 5,62 megaBITES por segundo) e são raras as câmeras que suportam essa velocidade e também são muito mais caros. Cartões com velocidade entre 60x e 133x são mais do que suficiente para a maioria das cameras atuais.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Fotógrafo tem nome, e não é divulgação

Um excelente artigo do Armando Vernaglia que recomendo a todos.

blog.vernaglia.com.br


vale a pena ler e divulgar.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

E os MEGAPIXEL??? Quantos???

A industria vende megapixel e você, compra megapixel?

Entendendo o megapixel:
Quando se amplia uma foto ao máximo vemos muitos quadradinhos coloridos, cada quadradinho desses é um pixel e ele contém a informação de uma única cor.

A imagem é formada por pixels lado a lado na vertical e na horizontal, se nossa câmera gera uma imagem com 2.000x1.500 pixel, basta multiplicar os dois e obter 3.000.000 de pixel, como 1 Megapixel é igual a 1.000.000 de pixels, temos 3.0 Mp. (na verdade o mega pixel, byte, etc, é igual a 1.048.576, que arredondamos para facilitar os cálculos).

Usando os Megapixel:
Nos monitores encontramos com facilidade resoluções de 1024 x 768, 786.432 pixel=0,78 Mp.
Se o uso é somente na Internet, uma resolução de 600x400 pixels é suficiente e temos 240.000 pixels ou 0,24Mp. Podemos concluir então que para colocar fotos na Internet uma câmera de 3Mp é mais do que suficiente.

Para a impressão em papel a coisa muda, numa foto 20x30cm precisamos de aprox 3600 x 2400 pixels, ou seja, 8.640.000 = 8,64 Mp.

Então qual a vantagem de ter uma câmera com 12Mp?
quanto maior a resolução maior o número de pixels que compõe a imagem, assim obtemos melhor definição.

Importante:
Algumas câmeras de menor qualidade divulgam a resolução interpolada, quando a resolução que importa é a efetiva.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

DoF (profundidade de campo) e Bokeh (desfoque)

Percebo frequentemente as pessoas confundindo estes dois termos.

DoF (Depth-of-Field) ou PC (Profundidade de Campo) é uma característica física de toda lente e está diretamente relacionado com sua distancia focal (DF), abertura do diafragma (f) e com a distancia do objeto focado. Ao calcularmos ou consultarmos uma tabela de DoF temos a seguinte informação:
Com uma lente de DF Z, usando abertura X e a uma distancia Y temos o intervalo onde existirá FOCO. Essa indicação é fornecida numa unidade métrica antes e depois do objeto focado ou seu comprimento total.
Exemplo
lente 50mm, abertura 4.0 e distancia do objeto focado de 10 metros, teremos:
inicio da DoF em 7,6 metros e termino em 14,7 metros ou 2,4 metros antes do objeto focado (10 - 7,6) e 4,7 metros após (14,7 - 10). Qualquer objeto antes ou depois dessa área de DoF sofrerá perda de definição por falta de foco.
Neste link é possível consultar as características de Profundidade de Campo.
Basta escolher a camera, lente e abertura
Tabela de DoF ou PC

O bokeh ou desfoque, é o efeito causado pela falta de definição e/ou foco nas áreas fora da PC (profundidade de campo/DoF) e ocorre antes e depois da área focada.
Exemplos:





terça-feira, 9 de setembro de 2008

Fotos com movimento

Exceto as fotos onde quase sempre buscamos "congelar" um deternimado instante, é muito comum querermos trabalhar e ressaltar um movimento ou ação.
Existem 2 tipos de fotos para registrar os movimentos:
- longas exposições ou baixas velocidades onde queremos registrar o movimento que ocorre com o objeto fotografado, um exemplo disso são as fotos noturnas com os farois dos carros deixando rastros,
- panning (arrasto) onde a velocidade do objeto fotografado é muito grande e é quase impossível clicar no momento exato, exemplo, um carro de fórmula 1.

Antes de descrever algumas técnicas é importante conhecer:
- velocidade de disparo - quando falamos que uma foto foi feita com 1/100, significa que o tempo de exposição dado a cena foi de 1 centésimo de segundo, 1/1000= 1 milésimo de segundo, etc, etc. Podem parecer tempos muito pequenos, mas para a fotografia não são.

- Sentido do movimento - observar em que sentido os movimentos acontecem.
Um dos exemplo mais abragentes é o de fotografar alguém andando de bicicleta que passa na sua frente , onde temos:
. as rodas giram em círculos enquanto se deslocam horizontalmente,
. a bicicleta e o corpo do ciclista passam na horizontal,
. as pernas se movem na vertical, diagonal e os pés em círculos,
. a cabeça pode estar balançando na diagonal.

Deslocamento - qual o deslocamento que o objeto ou parte dele tem num deternimando movimento e em relação a algum ponto de referência. Usando o caso da bicicleta.
- observe os raios da roda da bicicleta, o "deslocamento" do raio junto ao centro da roda é bem menor que o deslocamento junto ao pneu, com isso a parte mais central parecerá parada e a externa num longo movimento,
- considerando que a bicicleta passe numa mesma velocidade a 30 e a 5 metros de você, apesar de percorrerm as mesmas distancias, a 30 metros ela "passa" mais devagar do que a 5 metros, isto é, o deslocamenteo relativo a você é mais amplo em 5 metros do que em 30 metros.

Juntando tudo isso, vamos as técnicas:

LONGAS EXPOSIÇÔES considerando exposições de 1 segundo ou mais como longas exposições.
. não é possível segurar a camera sem que ela se movimente em velocidade tão baixas, por isso o uso do tripé ou de algum outro ponto de apoio é fundamental,
. o uso do timer (temporizador) também é aconselhável para não fazer a camera vibrar na hora de apertar o botão do clic,
. o tempo necessário para registrar um movimento depende da velocidade e do deslocamento relativo a você. Para ter uma idéia que qual tempo de exposição usar podemos fazer varios testes até chegar ao tempo ideal ou observar o deslocamento marcando visualmente um ponto inicial e final e contar mentalmente 1, 2, 3, 4.... e ter uma noção inicial de quantos segundos serão necessários para que o objeto percorra o espaço que queremos registrar,
. ajuste o ISO e a abertura para obter o tempo desejado.

BAIXA VELOCIDADE Via de regra é a utilização com velidades entre 1/10 e 1/60. Entendo que o conceito de baixa velocidade está diretamente ligado as deslocamento e velocidade do objeto ou parte dele, assim; 1/30 pode ser suficiente para deixar rastros nos braços e pernas de uma pessoa andando, e 1/1000 insuficiente para deixar rastros curtos nas asas de um beija-flor.

Neste exemplo é possível perceber com facilidade as diferenças do deslocamento relativo entre as bailarinas que estão correndo na parte da frente e as que estão ao fundo, apesar de todas estarem em velocidades parecidas as da frente sugerem uma velocidade maior. Já o casal ao centro, praticamente parado, foi "congelado" com a velocidade de 1/20s.
Dança Contemporânea

PANNING A técnica de panning ou arrasto é utilizada para congelar um elemento que se desloca em grande velocidade e que não seria possível captar a imagem sem o uso recursos eletronicos como foto-celulas e/ou sensores de presença.
A técnica consiste em acompanhar o objeto e fazer o clic com a camera também em movimento, com isso o deslocamento relativo entre o objeto e camera será nulo, mas em relação ao fundo haverá um deslocamento que deixará um rastro induzindo à velocidade, muito empregado em corridas de automoveis.
Os fatores importantes são:
. manter uma distancia de 20 a 30 metros do objeto,
. uma lente entre 70 e 200mm é recomendável,
. acompanhar o objeto olhando pela camera desde bem antes do ponto de clic e continuar com o movimento durante e após o clic, nunca pare após o clic,
. em cameras com foco continuo é um pouco mais simples de executar, mas quando não dispomos desse recurso a técnica consiste em focar no ponto onde se deseja clicar, manter o dedo pressionado em meio-clic para manter o foco ou travar o foco, fazer o arrasto da camera e clicar no ponto previsto,
. ajustar a velocidade de disparo de acordo com o tamanho do rastro desejado, em media entre 1/50 e 1/100 os resultados são bastante satisfatórios,
. quanto menor a velocidade (1/20, 1/30) mais dificil de obter imagens nítidas e velocidade superiores a 1/100 podem deixar rastros pouco significativos.
Exemplos:
Nesta foto o acompanhamento foi feito no carro da frente que está bem devagar em relação ao segundo. velocidade 1/45s, 50mm aprox e 10 metros de distancia.
Panning

velocidade 1/120s, 100mm aprox, 15 metros de distancia.
Panning

nestas duas fotos é possível perceber com facilidade a diferença do tamanho dos rastros ao fundo em função da velocidade.